19/11/2023

Por Luara Djijad

Psicólogo é só para conversar?

Você estava passando por uma situação difícil e resolveu desabafar com um amigo, familiar e/ou líder religioso e, por mais que não se sentisse tão a vontade para contar algo, decidiu falar, e a reação dele pode ter sido mais ou menos assim: "Deus está no controle", "esquece isso", "eu, no seu lugar, faria isso…" ou até mesmo "isso é frescura", “você está querendo é chamar atenção”.

Ou, no melhor das hipóteses, essa pessoa apenas ouviu, ou abraçou, ou falou coisas como: “tudo vai passar”, “o tempo cura”, “coloca nas mãos de Deus”, com algumas coisas que gostaria (ou não) de ouvir.

Essas falas podem, em determinados momentos, soar como um apoio, mas em outras, você pode ficar com a sensação de não ser compreendido , se sentir julgado o tempo todo, ter medo de ser criticado, além de ter medo de saber a verdade sobre o que pode estar acontecendo, para depois, então, perceber que não resolveu o problema.

E quando é o contrário? Aquela situação em que alguém próximo a você tentou desabafar, pediu um conselho sobre algo, um esclarecimento de algo que fez (ou não) e você mesmo chegou a se sentir desconfortável, ou sem saber o que falar, ou aconselhou da maneira que você faria, ou falou algo que acredita ser o certo a fazer, mesmo sabendo que a realidade de vocês são bem diferentes.

Muitas pessoas acreditam que ser atendido por psicólogo online ou presencial é apenas conversar e desabafar, situação que poderia ser realizada com o apoio de alguém próximo, como citado acima.

Qual a diferença entre conversar com um psicólogo e com um amigo?

Por mais que essas pessoas possuam a boa intenção de ajudar, seja conversando, seja ouvindo, seja aconselhando, elas não possuem muitos dos conhecimentos comportamentais necessários para entender um problema mental ou emocional e, consequentemente, não saberá aconselhar adequadamente, levando em consideração a realidade de quem busca ajuda.

O psicólogo possui uma série de conhecimentos sociais, culturais, emocionais, comportamentais que se fazem necessários para auxiliar as pessoas a aprenderem a lidar com as emoções, a lidar com as pessoas , a enfrentar momentos difíceis, bem como quando tudo parece dar errado.

Ou seja, da mesma maneira que, quando alguém se consulta com um médico necessariamente "conversa" com ele acerca do seu problema de saúde (que pode ser parecido com o de outro paciente, mas as causas, a forma de tratamento são diferentes para cada um), as informações colhidas são analisadas por meio de um conhecimento médico-científico a fim de tratar aquela queixa.

Com o psicólogo também é necessário que haja uma conversa, pois é assim que ele consegue acessar informações, mas se trata de uma conversa direcionada, colhendo informações sobre comportamentos, desejos, pensamentos e sentimentos sobre determinada situação que levou alguém até a consulta.

Diferentemente de uma conversa com alguém próximo, o psicólogo, por meio de todo o seu conhecimento científico, administra o atendimento de modo que o paciente se sinta acolhido, não-julgado (seja por olhares, forma de falar, forma de se mover, entre outros) e livre para falar sobre situações que, dificilmente, falaria com alguém íntimo, sem falar que o paciente ainda tem a garantia de sigilo sobre o que foi falado. Isso tudo para que o paciente receba de maneira mais eficiente as orientações necessárias sobre sua situação atual.

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